“Contam comigo para o partido, não contam comigo para fações, nem contam comigo para nenhuma barricada”, afirmou o candidato na intervenção de encerramento do debate das moções de estratégia global.
Lobo d’Ávila considerou igualmente ser “o único que consegue fazer pontes com aqueles que são os outros dois candidatos”, Francisco Rodrigues dos Santos e João Almeida, e o único “capaz de contribuir para a união deste partido”.
“Eu só tenho uma palavra - sim, vou a votos, sim é pela mudança, sim é pela moderação, sim é pela credibilidade do partido, é pelo nosso respeito próprio, aqui dentro, mas é também pelo orgulho de ser CDS lá fora”, salientou o centrista.
“Contam comigo para o partido, não contam comigo para fações, nem contam comigo para nenhuma barricada”, frisou o candidato, notando que “desde o primeiro momento o condicionamento foi evidente, com a teoria do acordo”.
Na ótica do advogado, "as ideias, os programas, os projetos não se negociam".
"Quando se quando desistimos dos ideais não temos nada para negociar, quando abdicamos dos nossos princípios, nada somos", insistiu.
Filipe Lobo d’Ávila considerou “não ser fácil ser moderado”, indicando que sentiu no Congresso um “clima de crispação que há muito não se via no CDS”.
"Falam todos e todos de Adelino Amaro da Costa, mas esquecem-se do que Adelino dizia da moderação. A moderação em política é um estilo, não é uma máscara ou uma linguagem, pressupor saber ouvir, sem dogmatismo nem preconceito e saber falar sem retóricas, sem demagogia", assinalou, questionando: "que diria Adelino Amaro da Costa do espetáculo que aqui demos hoje, nesta tarde?".
Por isso, pediu aos congressistas “moderação, credibilidade e responsabilidade”, advogando que "não vale tudo".
“Eu não minto nem manipulo os congressistas”, vincou, incitando os presentes ao “voto livre e responsável”.
“A escolha é vossa, união ou divisão. Eu estou pronto, com todos, todos, a fazer a minha parte”, prosseguiu.
O 28.º Congresso do CDS-PP arrancou hoje em Aveiro e termina no domingo, com a eleição do novo presidente do partido, que sucede à atual líder, Assunção Cristas.
A tarde foi marcada por reações positivas (com palmas) e negativas (com vaias) da sala às várias intervenções, o que levou Lobo d'Ávila a comentar que "para este CDS fracionado, o 'palmómetro' da sala parece estar à frente dos problemas de Portugal".
"Não é assim que se conquista o eleitorado órfão do centro direita, não é assim que se conquista respeitabilidade, não é assim que se recupera a credibilidade, não é assim que o CDS volta a ter utilidade no país ena escolha dos portugueses", frisou.
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