“Estamos convencidos de que haverá boas condições para que uma solução rapidamente seja encontrada que permita ultrapassar as perturbações em função das revelações que ultimamente se fizeram”, afirmou Pedro Siza Vieira.
O governante falava na apresentação da iniciativa “Mais Investimento Empresarial”, na Exponor, em Matosinhos, distrito do Porto.
Para Pedro Siza Vieira, a Efacec é uma empresa tecnicamente “muito capacitada e muito importante” não apenas para o tecido industrial português, mas também pela capacidade que tem em intervir em áreas decisivas como a transição energética ou a descarbonização.
Garantindo que vai acompanhar o futuro da empresa, o ministro assumiu ser “importante preservar os seus grandes quadros e a sua capacidade de execução”.
Em 22 de janeiro, a Procuradoria-Geral da República de Angola anunciou que a empresária angolana Isabel dos Santos tinha sido constituída arguida por alegada má gestão e desvio de fundos durante a passagem pela petrolífera estatal Sonangol.
De acordo com a investigação do consórcio, do qual fazem parte o Expresso e a SIC, Isabel dos Santos terá montado um esquema de ocultação que lhe permitiu desviar mais de 100 milhões de dólares (90 milhões de euros) para uma empresa sediada no Dubai e que tinha como única acionista declarada Paula Oliveira.
A investigação revela ainda que, em menos de 24 horas, a conta da Sonangol no EuroBic Lisboa, banco de que Isabel dos Santos é a principal acionista, foi esvaziada e ficou com saldo negativo no dia seguinte à demissão da empresária da petrolífera angolana.
O EuroBic anunciou que a empresária vai abandonar a estrutura acionista, o mesmo acontecendo na Efacec. Os três membros não executivos do Conselho de Administração da NOS ligados a Isabel dos Santos saíram também já da operadora de telecomunicações.
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