Segundo um relatório do Governo do Equador hoje publicado sobre as operações policiais e militares realizadas, foram detidas 2.578 pessoas e 22 grupos de crime organizado foram considerados terroristas e beligerantes não estatais.
Entre 09 e 20 de janeiro, as autoridades equatorianas afirmam também ter abatido cinco supostos membros destas organizações, enquanto dois policias foram assassinados e outros 11 foram libertados de sequestros aparentemente realizados por aqueles grupos.
Naquele período foram ainda apreendidas 940 armas de fogo, 1.139 armas brancas, mais de 31.200 balas e 4.763 explosivos.
Na semana passada, o Presidente do Equador, Daniel Noboa, decretou o estado de emergência.
Outrora um país classificado como pacífico, o Equador está a ser devastado pela violência depois de se ter tornado o principal ponto de exportação da cocaína produzida nos vizinhos Peru e Colômbia.
Os recentes motins ocorridos em diversas prisões do país são uma parte de uma escalada de violência protagonizada pelos grupos do crime organizado no Equador, que também incluiu ameaças contra universidades, instituições estatais e empresas, sequestros e atentados contra polícias, veículos incendiados, explosões e até um ataque armado a uma estação de televisão na cidade de Guayaquil.
Os acontecimentos deram-se quando o Governo do Presidente, Daniel Noboa, de 36 anos – eleito no outono com a promessa de restaurar a segurança no país -, se preparava para pôr em prática o seu plano para recuperar o controlo das prisões equatorianas, muitas das quais são internamente dominadas por grupos criminosos, cujas rivalidades fizeram desde 2020 mais de 450 mortos entre os reclusos, numa série de massacres.
Essa violência também se estendeu às ruas, até fazer do Equador um dos países mais violentos do mundo.
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