O portal, lançado em março de 2016, conta com 8.191 inscrições e 3.766 reclamações, na sua maioria relacionadas com atrasos, diminuição ou supressão de linhas, horários e percursos dos transportes terrestres e ferroviários, indica, em comunicado, a DECO Algarve.
A delegação regional terminou agora a primeira etapa da campanha "Faça greve ao seu carro – Estes transportes não nos servem”, lançada no final de junho do ano passado com o objetivo de compreender a razão pela qual a utilização de transportes públicos coletivos na região é tão reduzida.
Ao abrigo da campanha, que visou também mobilizar os utentes a intervir e a reportar as suas queixas, foram realizados no Algarve cinco percursos, entre Tavira e Sagres, com cinco diferentes cenários de utilização de transportes coletivos, envolvendo sete entidades institucionais.
"No caso da região algarvia, os principais problemas prendem-se com a ausência de uma estratégia de concertação intermodal e entre ligações de uma mesma operadora, a desadequação dos tarifários, a insuficiente e débil informação disponibilizada e assimetrias regionais", lê-se no comunicado.
Segundo a DECO, este projeto "mobilizou e melhorou a capacidade de intervenção dos consumidores, que nos apresentaram mais reclamações e sugestões, e acentuou o papel ativo e influente dos representantes e autoridades locais no setor".
A delegação do Algarve vai agora discutir as suas conclusões com autoridades locais e as operadoras de transportes, no sentido de reivindicar uma "rede adequada e funcional", que integre "as reais carências" dos seus utilizadores.
Segundo Tânia Neves, porta-voz da ação, a ideia é "denunciar as dificuldades da rede" às entidades envolvidas, "sugerir a introdução de metodologias participativas de planeamento" e formas de transporte "inovadoras e flexíveis, para garantir a inclusão de todos".
Desde março de 2016 que a plataforma www.queixasdostransportes.pt está ao dispor dos utentes que pretendam reclamar sobre os transportes públicos coletivos.
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