Em declarações aos jornalistas em Castanheira de Pera, no distrito de Leiria, durante as comemorações do Dia de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que tinha acabado saber, cerca das 16h00, que nestas eleições em Portugal já se ultrapassou a votação nas europeias de há cinco anos.
"Chegou-me agora a notícia, provavelmente já ultrapassámos há mais tempo: batemos 2019. Estamos a melhorar em termos de qualidade da democracia em Portugal", congratulou-se.
Segundo o chefe de Estado, a possibilidade de votar em mobilidade, em qualquer ponto do país, "foi fundamental, ajudou e as pessoas reagiram", ao "descobrir que podem votar mesmo fora de casa e sem a mínima dificuldade".
O Presidente da República, que falava no fim de um almoço em que também esteve a ministra da Administração Interna, contou que perguntou a Margarida Blasco "como é que é possível, eventualmente, pensar no mesmo esquema para outras eleições", mas que a ministra lhe respondeu, "com razão, que é mais difícil".
Interrogado se estava a propor uma revisão da lei eleitoral, respondeu: "Não, não, porque tem de se ver bem exatamente como é que se faria, porque aí é mais difícil".
Marcelo Rebelo de Sousa salientou que nas eleições para o Parlamento Europeu "é mais fácil, porque, verdadeiramente, como é um só círculo, todos os votos entram no mesmo cesto", mas que em eleições com vários círculos, em que é preciso repartir os votos, "é mais difícil montar a máquina e é mais difícil fazer esse tipo de mobilidade".
"Agora, que tem funcionado otimamente, tem, e as preocupações com problemas no sistema não tinham razão de ser", acrescentou.
Mais de 10,8 milhões de eleitores recenseados no território nacional e no estrangeiro podem votar nestas eleições para o Parlamento Europeu, em que Portugal irá eleger 21 eurodeputados.
Concorrem a estas eleições 17 partidos e coligações: AD (PSD/CDS-PP/PPM), PS, Chega, IL, BE, CDU (PCP/PEV), Livre, PAN, ADN, MAS, Ergue-te, Nova Direita, Volt Portugal, RIR, Nós Cidadãos, MPT e PTP.
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