Desde 05 de dezembro de 1932, quando abriu portas pela primeira vez, até 30 de novembro deste ano, foram realizados na MAC 605.198 partos, indicou à agência Lusa fonte do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (CHULC).

Já desde o início deste ano e até final de novembro, nesta maternidade nasceram 2.859 crianças, tendo sido ainda realizadas 49.036 consultas médicas – 15.566 primeiras consultas e 33.470 consultas seguintes – e 5.764 consultas de enfermagem.

“O número de mães estrangeiras que têm partos na MAC tem vindo a aumentar. Em 2017, 80% das grávidas eram portuguesas, uma percentagem que atualmente se situa nos 68%”, adiantou a mesma fonte.

A MAC, que pertence ao centro hospitalar que integra também os hospitais São José, Curry Cabral, Santo António dos Capuchos, Santa Marta, D. Estefânia, “tem sabido acompanhar e liderar a inovação e boas práticas” em áreas como a procriação medicamente assistida, a medicina materno fetal e o recente Centro de Responsabilidade Integrado de Medicina e Cirurgia Fetal, referiu.

Este centro, o primeiro do género no país, inaugurado em junho, permite a vigilância durante a gravidez a todas as grávidas que apresentem risco aumentado de patologia materna e fetal, quer pertençam ou não à área de influência deste centro hospitalar.

Inaugurada em 31 de maio de 1932 com o nome do médico que lutou pela sua criação, a MAC abriu as suas portas pela primeira vez em 05 de dezembro do mesmo ano, com uma capacidade inicial de 300 camas, 250 das quais destinadas a obstetrícia e 50 a ginecologia.

Desde então fez um percurso que a consolidou como a ”instituição onde mais se nasce em Portugal”, apesar de enfrentar, nos últimos anos, dificuldades no número de profissionais de saúde para responder às solicitações, à semelhança de outras instituições do Serviço Nacional de Saúde.

Já em 2017, registaram-se, por exemplo, “perturbações temporárias” no atendimento na urgência obstétrica devido à falta de capacidade de resposta e ao número de profissionais nas equipas médicas e de enfermagem, enquanto, em 2019, os constrangimentos verificaram-se na constituição das escalas de anestesistas.

Já no verão deste ano, um pico de afluência fez com que a MAC não aceitasse, temporariamente, grávidas transferidas pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), uma vez que estava a receber muitas grávidas das várias zonas de Lisboa, inclusivamente da margem sul do Tejo.

Nos últimos meses, vários serviços de urgência de obstetrícia e ginecologia e bloco de partos de vários pontos do país tiveram de encerrar por determinados períodos ou funcionaram com limitações, devido à dificuldade dos hospitais em completarem as escalas de serviço de médicos especialistas.

Nos últimos anos, pairou também sobre a MAC o risco de fechar as portas, que ficou afastado em 2016, quando o Tribunal Central Administrativo Sul declarou extinta a ação relativa ao seu encerramento.

A decisão de manter a MAC a funcionar surgiu na sequência de uma providência cautelar apresentada, em 2013, por um grupo de cidadãos para evitar o fecho da maternidade decidido pelo Governo de então.

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