Mattarella, de 80 anos, obteve os 505 votos necessários, a maioria absoluta dos 1.009 “grandes eleitores” – 630 deputados, 321 senadores e 58 delegados regionais -, na oitava votação, o que resultou num grande aplauso no parlamento.
O atual mandato de Mattarella termina a 3 de fevereiro e o chefe de Estado já tinha indicado que não queria a renovação para um segundo mandato de sete anos, mas hoje reconheceu que aceitará o apoio dos partidos que comunicaram a intenção da sua reeleição, numa visita pessoal realizada à sede da Presidência da República italiana antes da votação.
A eleição do Presidente da República decorria há uma semana sem acordo quanto a um nome, o que prolongava a incerteza que pesa sobre o futuro do primeiro-ministro, Mario Draghi, e da coligação governante.
O Presidente da República tem um papel essencialmente protocolar em Itália, mas este ano está muito em jogo: se Mario Draghi fosse eleito, abandonaria a liderança do seu Governo que assenta numa frágil coligação.
Tal escolha poderia desencadear eleições legislativas antecipadas, o que faria “descarrilar” as reformas necessárias à obtenção dos milhares de milhões de euros prometidos a Itália no âmbito do fundo de recuperação da União Europeia.
Itália é o maior beneficiário europeu desse programa, estando previsto receber quase 200 mil milhões de euros, desde que cumpra os requisitos de reformas em diversas áreas.
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