Numa declaração na página na rede social X (antigo Twitter), a organização especificou que o número de camiões autorizados a entrar hoje pela passagem de Rafah é insuficiente face às “necessidades desesperadas da população”, que tem estado “sob cerco total e bombardeamentos implacáveis durante duas semanas”.
A fronteira de Rafah, que liga o Egito à Faixa de Gaza, abriu e encerrou hoje depois de terem passado 20 camiões de ajuda humanitária.
A ajuda humanitária que chegou a Gaza, controlada pelo grupo islâmico Hamas, será entregue apenas aos hospitais do enclave e não inclui água nem combustível, disseram responsáveis da Cruz Vermelha.
A ajuda será levada para os armazéns da Organização das Nações Unidas (ONU), confirmou a organização para os refugiados palestinianos (UNRWA, na sigla em inglês), que se encarregará da distribuição.
Na rede social, a MSF considerou também como fundamental que seja permitida a entrada de combustível em Gaza, essencial para o funcionamento dos hospitais, bem como a disponibilidade de água potável.
A organização salientou a importância de haver uma ajuda regular à Faixa de Gaza e que seja assegurada uma passagem segura que permita que essa ajuda chegue às zonas onde as necessidades são maiores.
“Estamos prontos para entregar material médico a Gaza se nos for dada a oportunidade de o fazer”, diz a MSF.
O grupo islamita do Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impondo um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.
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