“A questão da candidatura às eleições europeias é uma decisão que ainda não tomei”, afirmou a governante, citada pela agência italiana AdnKronos, garantindo que “nada mais importa do que saber se tem o consentimento dos cidadãos”.
Uma eventual candidatura nas listas do seu partido Irmãos de Itália poderia “levar outros líderes (da oposição) a fazer uma escolha” e a integrar o que seria um “teste de muito alto nível, interessante”, acrescentou Meloni, que também referiu a necessidade de avaliar tal hipótese com os restantes parceiros da atual coligação governamental italiana de direita e extrema-direita (Forza Italia e Liga).
De acordo com a primeira-ministra de Itália, também está em avaliação a questão de a eventual candidatura retirar tempo às suas atuais funções.
Os movimentos ultraconservadores aspiram ganhar presença em Bruxelas após as eleições europeias, agendadas para o início de junho (entre os dias 06 e 09), como admitiu Giorgia Meloni.
“Trabalho para construir uma maioria alternativa que, nos últimos meses, já se tornou evidente que pode existir”, afirmou, afastando qualquer hipótese de diálogo com a esquerda.
A líder dos Irmãos de Itália espera impor na agenda política temas como a migração, depois de no final de 2023 ter sido alcançado um novo pacto europeu sobre migrações e asilo que introduz, segundo Meloni, regras “melhores que as anteriores”, ao partilhar responsabilidades de acolhimento entre os 27 Estados-membros do bloco comunitário.
“Nunca resolveremos o problema se pensarmos apenas como gerir os imigrantes quando chegam à Europa”, argumentou a chefe do Governo italiano, para quem o foco deve ser igualmente colocado nos países de origem e de trânsito, acrescentando que África será um ponto fundamental da presidência italiana do G7 (as sete maiores economias mundiais, mais União Europeia), que se iniciou na passada segunda-feira.
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