“Conto com uma decisão responsável dos sociais-democratas”, disse Merkel em Berlim, referindo-se à votação do acordo de princípio para a formação de uma nova grande coligação pelo Partido Social-Democrata (SPD), no domingo.
A aprovação do acordo pelo partido não está garantida. Nos últimos dias, destacadas personalidades social-democratas e as federações regionais manifestaram-se contra o acordo com a União Democrata-Cristã (CDU) de Merkel.
“Não quero imiscuir-me, o que dizemos é que desejamos o êxito do Congresso do SPD, ou seja, que desejamos a aceitação das negociações de coligação porque pensamos […] que a Alemanha precisa de um governo estável”, acrescentou Merkel, que falava numa conferência de imprensa conjunta com o homólogo austríaco, Sebastian Kurz.
A chanceler recusou contudo renegociar o pré-acordo e sublinhou que o documento já contém “concessões consideráveis” ao SPD.
“Os pontos-chave do documento não podem ser negociados outra vez”, disse.
Quase quatro meses depois das eleições de 24 de setembro, a CDU, que venceu sem maioria, não conseguiu formar governo.
Depois do fracasso, em novembro, das negociações com o Partido liberal (FDP) e os Verdes, um acordo com os sociais-democratas é a última oportunidade da chanceler para governar mais quatro anos.
CDU, o aliado bávaro CSU e o SPD alcançaram há uma semana um acordo programático que, se for aprovado pelos 600 delegados sociais-democratas reunidos em congresso extraordinário no domingo, será a base de um futuro acordo de governação.
Comentários