“A última vez que o Metropolitano assinou contrato de empreitada de expansão já passou mais de 10 anos, foi o contrato da Amadora-Este/Reboleira”, indicou o presidente do Conselho de Administração do Metropolitano de Lisboa, Vítor Domingues dos Santos, defendendo que “10 anos é muito tempo” para uma cidade como Lisboa e para a Área Metropolitana de Lisboa.
Na cerimónia de assinatura da primeira empreitada do plano de expansão da rede do Metropolitano de Lisboa, que decorreu na sede social da empresa, no centro da capital, com a presença do ministro do Ambiente e da Ação Climática, todas as pessoas usaram máscara e foram sujeitas a medição da temperatura, devido à pandemia da covid-19.
“O Metropolitano de Lisboa e todos os modos de transporte necessitam de investimentos constantes”, afirmou Vítor Domingues dos Santos.
Sobre o prolongamento das linhas Amarela e Verde, ligando o Rato ao Cais do Sodré, o presidente do Conselho de Administração do Metropolitano explicou que se trata de “um projeto de alguma complexidade”, porque “vai andar por uma profundidade superior a 50 metros, onde vai ficar a estação da Estrela, vai ter alguns problemas geotécnicos junto ao ISEG [Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa] e junto à entrada da estação de Santos”.
Além da complexidade da obra, o administrador destacou a vontade da equipa do Metropolitano de Lisboa e da sua tutela, o Ministério do Ambiente e da Ação Climática, que “teimosamente insistiu neste projeto” para prolongar as linhas Amarela e Verde para a construção da linha Circular.
A empreitada adjudicada prevê a "execução dos toscos entre o término da estação Rato e a estação Santos", indicou a empresa de transporte público, revelando que as obras têm como "prazo de execução 960 dias de calendário, contados a partir da consignação, que só pode ocorrer após obtenção do visto prévio do Tribunal de Contas".
No âmbito do Plano de Expansão do Metropolitano de Lisboa - Prolongamento das Linhas Amarela e Verde (Rato - Cais do Sodré), a empresa revelou que a decisão de adjudicação para a celebração do contrato referente à primeira empreitada foi aprovada em 09 de abril, na sequência do "concurso limitado por prévia qualificação" para a empreitada de projeto e construção dos toscos.
"A presente empreitada foi adjudicada à ZAGOPE - Construção e Engenharia, S.A., pelo preço contratual de 48.624.00 euros, acrescido de IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado) à taxa legal em vigor", avançou o Metropolitano de Lisboa.
Na cerimónia de assinatura do contrato, o diretor executivo da ZAGOPE, João Neto, manifestou a expectativa de que a primeira empreitada do plano de expansão da rede “seja o princípio de um novo ciclo de investimento na expansão da atual rede de metro da cidade”.
Além do reforço da oferta de transporte, João Neto destacou a importância do contrato no contexto da pandemia da covid-19, uma vez que se trata de um “importante esforço de investimento, que permitirá um contributo muito significativo para a necessária e desejada retoma da economia portuguesa, com a criação de muito postos de trabalho, neste caso especial, implicará a utilização, em período de pico, de mais de 300 trabalhadores diretos”.
Com histórico de mais de 50 anos a atuar no setor de engenharia e construção de projetos de grande complexidade técnica, a empresa ZAGOPE já teve, por diversas ocasiões, oportunidade de prestar o seu serviço ao Metropolitano de Lisboa, nomeadamente “desde 1992 até 2011, período no qual participou em 13 contratos de construção, incluindo o prolongamento até à estação do Rato, troço ao qual agora se dá sequência”.
“É caso para dizer que o contrato que hoje assinamos se trata de um feliz reencontro”, disse o diretor executivo da ZAGOPE.
O plano de expansão da rede do Metropolitano de Lisboa visa contribuir para a melhoria da mobilidade na capital, através do aumento da acessibilidade e da conectividade em transporte público, bem como da redução dos tempos de deslocação, promovendo a descarbonização e a mobilidade sustentável.
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