“Neste momento estamos a funcionar em todas as linhas, com as limitações que são conhecidas decorrentes da greve, portanto com menos capacidade e com atraso relativamente aos horários habituais, e estamos a fazer uma gestão mais do que dia a dia, uma gestão hora a hora, da disponibilidade de frota para operar”, afirmou fonte oficial da empresa.
Em declarações à Lusa, a fonte sublinhou que o que se prevê, “a não ser que surja alguma situação anormal, é que se mantenha a operação em toda a rede garantidamente até domingo”.
“O cenário de fecho de linhas continua sempre em cima da mesa, é sempre um cenário que admitimos. Estamos dependentes da evolução das negociações entre os trabalhadores da Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF) e a EMEF para perceber qual é a evolução da situação. Aguentaremos a rede a funcionar em todas as linhas até domingo, depois logo veremos”, acrescentou.
Os trabalhadores da EMEF decidiram na sexta-feira continuar com as paralisações até 12 de maio, reivindicando a "atualização salarial que não acontece desde 2009", mas também com a "atualização do subsídio de turno" e a "atualização de regulamento de carreiras".
A greve dos trabalhadores da EMEF no Porto está a provocar "o caos" no metro, segundo fonte sindical, que em declarações à agência Lusa explicou estarem a circular apenas metade das 72 viaturas existentes.
Paulo Milheiro, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores Ferroviários (SNTF), disse que, por falta de manutenção, "dos 72 veículos existentes [no metro do Porto], estão a andar menos de 40", sendo que, "no final do mês, provavelmente não haverá metro".
"Os metros vão saindo de linha conforme as avarias e depois chegam às oficinas e não têm ninguém para fazer a manutenção", explicou o dirigente sindical.
De acordo com o dirigente do SNTF, as perturbações na circulação do Metro do Porto são ainda resultado da greve de três horas por turno que decorreu de 29 de março a 12 de abril nas oficinas de Guifões, em Matosinhos, mas a situação não chegou a normalizar-se porque foi marcada nova paralisação, nos mesmos termos, até ao final do mês, desta feita nas duas oficinas da EMEF no Norte (Guifões e Contumil).
De acordo com Paulo Milheiro, em causa estão aumentos salariais e a atualização do subsídio de turno, sendo a reivindicação base a atribuição aos trabalhadores da EMEF das "mesmas condições" de trabalho dos trabalhadores da Comboios de Portugal (CP).
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