A investigação da Polícia Judiciária (PJ) conclui que os três inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) estão indiciados por homicídio qualificado e que nenhum dos seguranças que estavam ao serviço no Centro de Instalação Temporária do Aeroporto em Lisboa estiveram envolvidos.
A notícia é avançada na edição deste sábado do Público. De acordo com o diário, a acusação do Ministério Público será conhecida até ao final do mês de setembro. A mesma fonte adianta que os três inspetores serão os responsáveis pelas agressões a Ihor Homenyuk — a quem não foi permitida a entrada em Portugal por não ter visto de trabalho.
O crime terá ocorrido no aeroporto de Lisboa, nas instalações do Centro de Instalação Temporária, no passado dia 12 de março. E, segundo o jornal, a PJ não terá dúvidas: os homens de 42, 43 e 47 anos, que estão em prisão domiciliária, estiveram sozinhos no interior da sala com o ucraniano. Além disso, assumiram um “pacto de silêncio”.
O caso levou à demissão do Diretor e do Subdiretor da Direção de Fronteiras de Lisboa do SEF e à abertura de inquéritos pelo Ministério da Administração Interna.
O cidadão ucraniano desembarcou na Portela no dia 11 de março, proveniente da Turquia e queria entrar em Lisboa, mas foi barrado na alfândega do aeroporto pelo SEF, que o impediu de entrar enquanto turista.
Foi então decidido que o indivíduo seria colocado no próximo voo para a Turquia, país de onde tinha chegado. No entanto, enquanto aguardava pelo voo, o homem ter-se-á sentido mal e foi escoltado para um hospital.
No regresso ao aeroporto de Lisboa, foi colocado na enfermaria do Centro de Instalação Temporário. Terá sido nesse local que foi violentamente agredido até à morte.
O homem foi encontrado no dia seguinte, 12 de março, e o caso ficou sob alçada da Polícia Judiciária.
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