“Tenho a crença que a paragem vai ser menor do que a que está anunciada e temos de trabalhar todos para minimizar esse risco e minimizar o impacto para o país, sobretudo em termos das nossas exportações”, afirmou o ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva.
À margem da sessão de apresentação dos Bairros Comerciais Digitais, no Porto, o ministro adiantou que o Governo está a “fazer tudo” para minimizar o tempo de paragem da fábrica de automóveis da Volkswagen em Palmela, no distrito de Setúbal, que terá lugar de 11 de setembro a 12 de novembro.
Aos jornalistas, António Costa Silva adiantou ainda que vai reunir nos próximos dias com as associações da indústria de componentes e com a administração da Autoeuropa.
“Vamos tentar encontrar soluções e, pelo menos, minimizar os problemas para o futuro”, referiu, dizendo que o Governo está, juntamente com a administração da Autoeuropa, a perceber que componentes estão em falta.
“Hoje não podemos ter cadeias de abastecimento que repousam só num fornecedor e nós temos uma indústria versátil e que produz muitos componentes. Pode ser que aumentemos a resiliência”, considerou.
Questionado sobre o impacto que a paragem na Autoeuropa teria nas empresas que dela dependem, António Costa Silva adiantou que foram já mapeadas 30 empresas satélites e que dessas, 18 dependem da fábrica de automóveis em menos de 25%.
“Vamos dividir em dois grupos e vamos trabalhar com cada um dos setores para também minimizar os impactos nas empresas que mais dependem da Autoeuropa. É todo esse trabalho que estamos a fazer”, adiantou.
A empresa revelou na quinta-feira da semana passada que iria haver uma paragem de produção de nove semanas, de 11 de setembro a 12 de novembro, devido às dificuldades de um fornecedor da Eslovénia “severamente afetado” pelas cheias que ocorreram no início do mês de agosto naquele país.
A administração da fábrica de automóveis da Volkswagen em Palmela anunciou também a intenção de recorrer ao `lay-off´ durante a paragem de produção, tendo chegado a um acordo com a Comissão de Trabalhadores sobre as remunerações a pagar nesse período de aplicação do `lay-off´.
De acordo com a empresa, “com o objetivo de minimizar o impacto na remuneração mensal dos colaboradores afetados pelo 'lay-off', foram acordados hoje, entre a administração e a comissão de trabalhadores os seguintes termos: complemento da contribuição retributiva legal a 80% da remuneração base, incluindo subsídio de turno”.
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