“O que fizemos foi criar um conjunto de materiais que ficarão como legado que será utilizado em Portugal no próximo ano letivo e nos anos vindouros, e um pouco por todo o mundo”, disse Tiago Brandão Rodrigues durante uma visita ao estúdio onde estão a ser gravadas algumas das aulas.
É num dos estúdios agora transformado em sala de aula da Valentim de Carvalho, em Paço de Arcos, no concelho de Oeiras, que estão a decorrer as gravações dos conteúdos para o ensino secundário.
A partir de hoje, as aulas para os alunos do 10.º ao 12.º anos, que até agora só estavam disponíveis na plataforma ‘online’, passam a ser transmitidas também na televisão, um alargamento que o ministro da Educação considerou essencial.
“Sabemos que as famílias, muitas vezes, precisam de outros estímulos. É essencial esta aposta e podermos também universalizar esta resposta para o ensino secundário”, afirmou.
Em declarações aos jornalistas, no final de uma aula de “Economia A / Área de Intervenção” que estava a ser gravada quando chegou aos estúdios, Tiago Brandão Rodrigues considerou que o programa #EstudoEmCasa, em parceria com a RTP, é uma ferramenta importante para os alunos, que voltaram hoje ao ensino a distância.
“É importante criarmos redundâncias. Se é verdade que o ensino a distância também usa meios telemáticos, termos a televisão e todo este trabalho a chegar aos alunos do secundário é muito importante”, disse.
E não é importante apenas para o contexto atual, acrescentou, recordando que os conteúdos ficam disponíveis no futuro, não só para os alunos portugueses, mas para todos aqueles que queiram aprender, em qualquer idade e em qualquer parte do mundo.
A versão moderna da telescola foi lançada pelo Governo em abril do ano passado, com a transmissão de aulas do 1.º ao 9.º ano na RTP Memória. No início do letivo, o projeto foi alargado ao ensino secundário, mas até agora os conteúdos só estavam, até agora, disponíveis ‘online’.
O alargamento à televisão acontece no mesmo dia em que os alunos retomaram as atividades letivas, mas longe das escolas, regressando das férias antecipadas para o já conhecido ensino a distância que marcou o final do ano letivo passado.
No total, são cerca de 1,2 milhões de alunos que voltam a ser obrigados a trocar, por tempo indefinido, as salas de aula pelas suas casas, quase um ano depois de, em março, o Governo ter encerrado as escolas e implementado o ensino a distância para conter a pandemia de covid-19.
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