"As negociações que aconteçam com organizações sindicais de docentes ou não docentes, obviamente, ficarão para o próximo Governo. Não seria avisado, nem as organizações sindicais estariam preparadas para fazer qualquer tipo de negociação. Seria até caricatural fazer qualquer tipo de negociação", comentou, em declarações aos jornalistas.
Falando à margem da visita que efetuava à Escola Profissional de Marco de Canaveses, no distrito do Porto, onde hoje o Governo assinalou o arranque do ano letivo, o ministro insistiu que este "não seria o tempo certo para existirem renegociações com as organizações sindicais", recordando que "o diálogo que foi feito de forma muito aturada durante estes quatro anos".
"E demos os passos que pudemos dar, sem dar um passo maior do que a perna", referiu, indicando, depois, os progressos conseguidos na legislatura, no contexto das reivindicações dos professores: "Pudemos estabilizar os concursos e fazê-los de forma mais atempada, logo a meio de agosto e pudemos, por outro lado, vincular 8.000 professores ao quadro, que eram professores contratados e que, agora, são professores da administração pública".
E concluiu: "Nesse sentido, estamos muito contentes com o trabalho que fizemos com as organizações sindicais".
Referindo-se, em concreto, ao anúncio de Fenprof de que os professores farão uma greve ao trabalho em excesso, com início a 21 de outubro, caso as escolas os obriguem a trabalhar além das 35 horas semanais previstas por lei, comentou: "O pré, pré, pré-aviso de greve que foi anunciado foi única exclusivamente às horas extraordinárias. E foi marcado lá para o mês de outubro, mês de novembro. Aí será tempo de poder conversar, poder dialogar, agora é tempo de refletir, de nos prepararmos para um ato eleitoral e de celebrar um ano letivo".
Comentários