“Isto é um problema que exige o empenhamento tanto dos grandes como dos pequenos e Portugal tem uma excelente ‘inteligência’ para procurar intervir nas mudanças globais e negociar com outros países”, afirmou aos jornalistas, à margem de uma reunião mundial de cientistas que hoje arrancou em Faro.

O governante defendeu que os países não devem cair “num pessimismo global”, mas acreditar que o desafio vai ser vencido, sublinhando que Portugal e a União Europeia “estão na linha da frente, para dar o exemplo”.

Ricardo Serrão Santos, que interveio na sessão de abertura do evento organizado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), defendeu que as estratégias de governação têm que se empenhar na mitigação das alterações climáticas.

Para o ministro do Mar, existe um conjunto de reformas que têm de ser feitas, essencialmente, na política energética, direcionando medidas para os “espaços terrestres, cidades, agricultura e floresta”.

“As grandes políticas de ação climática têm que ser feitas na reforma da nossa cidade, nas políticas de economia circular, nas políticas de descarbonização, de reforma energética”, resumiu.

Mostrando-se se preocupado com os impactos negativos que a utilização de combustíveis fósseis tem nos oceanos, o ministro do Mar defendeu que é preciso mudar as políticas energéticas, também pelas consequências que têm no mar.

“Neste momento nós estamos particularmente preocupados com os problemas que os oceanos sofrem. E não é só a questão dos plásticos, é que o mar está mais ácido, tem menos oxigénio e sofre de correntes quentes”, ilustrou.

Mais de 250 especialistas mundiais em alterações climáticas estão desde hoje reunidos na Universidade do Algarve, em Faro, para durante uma semana prepararem o relatório sobre os impactos das mudanças climáticas nos ecossistemas e nas atividades humanas.

Organizado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), organismo da ONU, a reunião conta com especialistas oriundos de 60 países, que vão analisar as capacidades e limites dos ecossistemas para se adaptarem às mudanças climáticas, assim como as opções para reduzir os riscos associados ao clima.

Este é um dos três grupos de trabalho do IPCC, criado pela Organização Meteorológica Mundial e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, tendo a seu cargo a análise dos impactos, adaptação e vulnerabilidade às mudanças climáticas.

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