“A convite do secretário do Conselho de Segurança da Federação Russa, Sergei Shoigu (…), Wang Yi participará na 14.ª reunião dos altos responsáveis de segurança e conselheiros de segurança nacional dos BRICS em São Petersburgo, na Rússia, de 11 a 12 de setembro”, declarou Mao Ning, porta-voz do ministério.
A viagem de Wang Yi acontece antes da cimeira dos BRICS marcada para o próximo mês em Kazan, na Rússia, na qual Presidente russo, Vladimir Putin, espera contar com a presença do seu homólogo chinês, Xi Jinping.
Os dois políticos são parceiros próximos e encontraram-se inúmeras vezes nos últimos anos para demonstrar a “amizade sem limites” entre os seus dois países, que foi ainda mais fortalecida desde a ofensiva russa na Ucrânia, que aconteceu em 24 de fevereiro de 2022.
Moscovo e Pequim já denunciaram em conjunto o que consideram ser a hegemonia norte-americana nos assuntos internacionais.
Vladimir Putin foi a Pequim, em maio passado, para se encontrar com Xi Jinping.
A China apresenta-se como neutra no conflito na Ucrânia e garante que não entrega armas a nenhuma das partes. Entretanto, os norte-americanos e os europeus acusam os chineses regularmente de oferecerem à Rússia, alvo de sanções ocidentais significativas, um apoio económico crucial para o seu esforço de guerra.
A cimeira dos BRICS deverá também acolher outro parceiro próximo de Putin e rival regional de Pequim o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, que já tinha visitado a Rússia em julho.
Com quatro membros (Brasil, China, Índia e Rússia) quando foi criado em 2009, ao bloco dos BRICS juntou-se à África do Sul em 2010 e expandiu-se esse ano para vários outros países emergentes, incluindo o Egito e o Irão.
A Turquia, um Estado-membro da NATO com relações por vezes tensas com os seus aliados ocidentais, anunciou no início de setembro que tinha apresentado um pedido de adesão ao bloco.
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