O fenómeno foi detetado pelo menos a partir das 19:25 locais, de acordo com o The Guardian, e foi visível principalmente na ilha sul da Nova Zelândia. O jornal britânico cita Alasdair Burns, um guia de observação de estrelas que recebeu uma mensagem de um amigo para olhar para o céu. Quando o fez, apercebeu-se de imediato as razões para o aviso.
“Parecia uma enorme galáxia espiralada, ali a pairar no céu e a atravessá-lo lentamente. Foi uma sensação muito estranha”, disse Burns, que viu uma enorme espiral de luz azul a rasgar o céu noturno.
Depressa imagens do fenómeno começaram a espalhar-se pelas redes sociais — e com elas, teorias sobre a sua origem, desde OVNIs a espetáculos de luz, passando por premonições. A realidade, porém, é bem menos fantasiosa.
Richard Easther, físico na Universidade de Auckland, explicou ao The Guardian que nuvens desta natureza às vezes são formadas quando um foguetão leva um satélite para a órbita da terra.
“Quando o combustível propulsor é ejetado, o que temos essencialmente é água e dióxido de carbono, que juntos formam uma nuvem iluminada pelo sol. A combinação certa da geometria da trajetória da órbita do satélite e da forma como nós estamos posicionados em relação ao sol foi o que foi capaz de produzir estas nuvens esquisitas”, comenta.
A aeronave em questão responsável por estas espirais, adianta, terá sido um lançamento do satélite da Globalstar a cargo da SpaceX, que foi enviado para uma órbita mais baixa a partir do Cabo Canaveral, no estado da Flórida, este domingo.
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