Segundo Manuel Machado, presidente da ANMP, após uma reunião no Ministério do Planeamento e Infraestruturas, em Lisboa, o reforço para políticas de base territorial deverá chegar “aos 607 milhões de euros”, no âmbito da reprogramação do quadro comunitário Portugal 2020.
O Governo português vai negociar com a União Europeia a reprogramação da aplicação dos fundos comunitários até 2020, desde que o montante global não aumente, permitindo assim reforçar as dotações em determinadas áreas consideradas prioritárias em termos de investimento.
De acordo com o presidente da ANMP, o reforço de dotação para investimentos de base territorial será distribuído, através dos programas operacionais regionais, em 260 milhões de euros para o norte, 203 milhões no centro e 108 milhões para o Alentejo.
A região de Lisboa deverá ver reforçada a dotação apenas em 33 milhões de euros, enquanto para o Algarve estão previstos apenas mais três milhões de euros.
O secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão, Nelson de Souza, admitiu anteriormente à Lusa um reforço na ordem dos 560 milhões de euros para investimentos nos territórios, mas salientou que o número ainda não estava “definitivamente fechado” e dependia de “acertos finais”.
O governante disse então esperar “melhores resultados” na segunda fase da aplicação do Portugal 2020 no domínio do investimento territorial, nomeadamente na área das infraestruturas escolares, de saúde e sociais, mas também na política urbana da reabilitação e da mobilidade.
O também presidente da Câmara de Coimbra salientou que a ANMP está disponível para acompanhar o Governo português nas negociações com Bruxelas da reprogramação e notou que “mais do que triplicou a dotação expetável inicialmente” para reforço do investimento territorial, estimado em apenas 200 milhões de euros.
Além do reforço da dotação para intervir nas escolas e em vias de acesso a zonas empresariais, Manuel Machado apontou a importância do investimento dos municípios, em benefício das populações dos territórios de baixa densidade, designadamente na regeneração urbana, ciclo urbano da água, Proteção Civil e nos Programas de Valorização de Recursos Endógenos (Provere).
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