“Fomos muito claros sobre a investigação do TPI, que não apoiamos, não achamos que tenham jurisdição", disse Karine Jean-Pierre, em conferência de imprensa.
As autoridades de Israel temem que o tribunal, com sede em Haia, emita em breve ordens de prisão. Segundo o jornal "New York Times", o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pode estar entre os acusados.
Karine não comentou diretamente uma informação da plataforma Axios, segundo a qual Netanyahu pediu ontem em telefonema a Biden que impeça que o tribunal emita ordens de prisão contra funcionários de Israel. "O objetivo principal desse telefonema era, obviamente, o acordo sobre os reféns e obter um cessar-fogo e a entrada de ajuda humanitária em Gaza", retorquiu a porta-voz.
A porta-voz também não comentou as informações segundo as quais Washington entrou em contato com o TPI para alertar o tribunal de que a emissão de ordens de prisão poderia inviabilizar as tentativas de obter um cessar-fogo e um acordo entre Israel e o Hamas sobre os reféns. O TPI não comentou o assunto.
Nos últimos dias, as autoridades de Israel criticaram qualquer tentativa do tribunal de tomar medidas contra o país. Nem os Estados Unidos nem Israel são membros do TPI.
Em 2021, o tribunal abriu uma investigação contra Israel, bem como contra o Hamas e outros grupos armados palestinianos, por possíveis crimes de guerra nos territórios palestinianos. Segundo o procurador do TPI, Karim Khan, a investigação estende-se agora às hostilidades desde os ataques do Hamas a Israel, em 7 de outubro.
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