“Esta empresa não se destina a gerir matas públicas. É uma empresa que se vai colocar no mercado como uma entidade de gestão florestal, com o principal objetivo de arrendar ou comprar terras, sobretudo na pequena propriedade para ganhar dimensão”, explicou o ministro no parlamento, na discussão na especialidade da proposta do Orçamento do Estado para 2018.
Em resposta na segunda ronda de questões dos parlamentares, que somou 85 minutos, o governante respondeu que o orçamento para a nova empresa “vai ser o capital social para o arranque que vai ser colocado pelo Ministério das Finanças”, um valor que será inscrito na versão final do OE2018.
Neste debate, o ministro tinha já anunciado a criação de uma empresa pública para a gestão da floresta.
Acerca da Floresta do Atlântica, uma empresa e um fundo, nos quais o Ministério da Agricultura tem uma posição maioritária, através do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP), o ministro garantiu ser um “exemplo”, ao ser uma empresa lucrativa e que foi decidido o prolongamento do seu funcionamento.
Neste âmbito, o governante referiu que se irá apostar na criação de planos poupança reforma para “meios que sejam investidos na floresta através da extrapolação deste modelo”.
Às questões sobre os parques de madeira, criados para receberem e comercializarem madeira das áreas afetadas por incêndios, o ministro informou sobre a reunião do Conselho Florestal Nacional, que decorrerá na quarta-feira para decidir qual será a melhor sede: “se na iniciativa privada ou no Ministério da Agricultura”.
Capoulas Santos recordou, porém, o anúncio de uma linha de crédito para os privados que queiram avançar para a instalação dos parques, desde que a madeira seja adquirida ao preço mínimo fixado pela tutela de 20 euros.
“A linha de crédito está a acabar de ser negociada com a banca e entrará em execução a muito breve prazo”, disse aos deputados.
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