As conclusões estão presentes no relatório preliminar apresentado no dia de ontem. Do ponto de vista do financiamento, a opção de manter o aeroporto Humberto Delgado e construir um novo aeroporto no Montijo custaria 3,8 mil milhões de euros.
Porém, apesar do menor investimento, a capacidade do modelo começaria a sofrer constrangimentos a partir de 2037, esgotando a sua capacidade em 2042.
Nesta altura, em 2042, esta solução dual teria uma procura acima dos 60 milhões de passageiros. Nota-se que atualmente, em 2023, de acordo com o INE, o Aeroporto Humberto Delgado movimentou 25.6 milhões de passageiros até ao terceiro trimestre.
Assim, a CTI exclui esta opção e privilegia o Campo de Tiro de Alcochete ou Vendas Novas, uma vez que estima uma procura crescente que atingirá os 75 milhões de passageiros em 2050 e os 109 milhões em 2086 (limite temporal da análise da CTI).
"A opção AHD+MTJ [Aeroporto Humberto Delgado + Montijo] apesar de ter um VAL [Valor Atual Líquido] maior do que as restantes opções, tem a limitação de não satisfazer toda a procura dentro do horizonte temporal estabelecido para a análise (até 2082). A avaliação da possibilidade da opção AHD+MTJ ser transitória, com a construção de um novo aeroporto após a saturação do Montijo mostrou que essa opção é pouco apelativa do ponto de vista financeiro, tendo um VAL inferior a todas as opções duais, nos três cenários de procura considerados", segundo o relatório.
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