O líder guineense falava aos jornalistas no aeroporto de Bissau, de partida para Cabo Verde, para assistir à posse do Presidente cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, e disse que da sua parte tudo tem feito para que o país conheça o novo chefe de Governo.
José Mário Vaz disse ter enviado já convites aos responsáveis dos órgãos de soberania, partidos com e sem assento parlamentar, elementos da comunidade internacional e da sociedade civil, com os quais se irá reunir antes de decidir na próxima semana.
Em relação aos procedimentos para a escolha do primeiro-ministro e a consequente formação de um Governo de consenso, afirmou que não é um processo que dependa apenas do chefe de Estado, mas também das demais forças vivas do país.
“O Presidente tem um papel importante, mas [o processo] não depende só dele, depende de todos os órgãos de soberania e de todas as partes implicadas neste processo. O Presidente está apenas a cumprir com o compromisso assumido entre as partes”, defendeu.
O líder guineense disse ser sua vontade que tudo fique esclarecido em relação à escolha de um primeiro-ministro e novo Governo antes da sua partida para a cimeira dos chefes de Estado da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), que terá lugar no final do mês em Brasília.
“Gostaria de levar uma posição mais clara sobre o que se passa no país e o que foi feito pelos guineenses”, enfatizou Mário Vaz, apelando aos dois principais partidos no Parlamento, PAIGC e PRS, para se entenderem.
O Presidente guineense disse que ainda não iniciou as consultas com as partes porque o primeiro-ministro em exercício, Baciro Djá, se encontrava fora do país, mas uma vez que este já regressou a Bissau o processo vai começar, afirmou.
“Tudo tem o seu tempo. O primeiro-ministro chegou ontem (quarta-feira) e antes de iniciar fosse o que fosse é preciso conversar com ele, informá-lo que estou a iniciar esse processo”, declarou José Mário Vaz.
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