“É um número surpreendente e comovente que nos afeta muito profundamente. A magnitude desta tragédia vai crescendo dia após dia”, lamentou a presidente da Câmara de Miami-Dade, Daniella Levine Cava, em conferência de imprensa no sul da Florida.
Em relação ao último balanço, que contabilizava 79 óbitos na sexta-feira, o número de pessoas desaparecidas devido ao colapso parcial do edifício Champlain Towers South baixou de 62 para 43, enquanto os residentes localizados subiram de 200 para 211.
Daniella Levine Cava sinalizou ainda que o número de mortos identificados aumentou de 47 para 62, dos quais 61 tiveram os respetivos familiares notificados.
Ao fim do 16.º dia de trabalhos nos escombros, cerca de seis milhões de quilos de concreto e entulho já foram removidos do local onde o condomínio estava construído desde 1981, com a ajuda de quase 60 camiões, segundo relatos das autoridades.
Pelo menos dois membros das equipas de busca tiveram de ser hospitalizados, um por acidente cardíaco e outro por laceração, ao passo que um polícia de Miami-Dade foi submetido a uma cirurgia, após ter visto um dos seus pés atropelado por um camião.
Entre as últimas vítimas identificadas estão familiares da primeira-dama do Paraguai, Silvana López-Moreira, como a sua irmã, Sophía López-Moreira, e o respetivo marido, Luis Pettengill, ambos de 36 anos, além do filho Luis López Moreira III, de três anos.
O presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, chegou na sexta-feira ao sul da Florida, onde ficará até terça-feira, “por motivos particulares associados aos factos ocorridos em Miami”, conforme explicou em carta enviada ao Supremo Tribunal de Justiça do país.
Além de Leidy Luna Villalba, a jovem de 23 anos que viajava com os familiares da primeira-dama do Paraguai para trabalhar como ama, a polícia de Miami-Dade identificou também Benny Weisz, de 31 anos, Angela Velasquez, de 60, e Ilan Naybrif, de 21.
No final da semana passada, a demolição do que restou do prédio residencial, localizado na primeira linha da praia, deu um novo ritmo à operação de busca, já que os socorristas têm acesso a todo o local onde estava localizado o edifício com mais de 130 unidades.
As causas do colapso estão a ser investigadas e uma batalha legal para alcançar indemnizações por danos já está a ser movida por alguns residentes em Champlain Towers South, cuja comunidade demorou a suportar os dispendiosos reparos recomendados pela autarquia face aos problemas estruturais detetados em 2018.
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