Os manifestantes juntaram-se atrás do pelourinho central da praça, depois das 'baias' de segurança, e começaram a gritar palavras de ordem mal terminaram os discursos do presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, e do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
"O tempo é para contar, não é para apagar", ouviu-se.
Os professores fizeram-se acompanhar de cartazes com a mensagem "A República respeita os professores, o Governo não".
Na quinta-feira, o Governo aprovou o decreto-lei que define que os professores vão recuperar dois anos, nove meses e 18 dias do tempo de serviço efetuado, no último dia de uma semana de greves dos docentes contra esta medida.
Em declarações aos jornalistas, o secretário-geral da FENPROF, que estava junto aos docentes em protesto na Praça do Município, considerou que “o Governo está a desrespeitar, a desconsiderar os professores” e disse esperar que o chefe de Estado não venha a promulgar o decreto-lei, que é, na sua ótica, “ilegal”.
Mário Nogueira pediu que seja marcada rapidamente uma reunião com o Presidente da República, na qual os professores explicarão as razões para que o decreto-lei “não seja promulgado”.
O Presidente da República, que antes de sair da Praça do Município se deslocou até junto dos professores, respondeu que “é uma questão agora de se marcar”.
“E se isso não acontecer [promulgação do decreto], esperamos que a Assembleia da República faça baixar para a Comissão Parlamentar e que o decreto seja alterado no sentido de respeitar a lei”, acrescentou Mário Nogueira.
Ana Cristina Gouveia, do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa, disse à Lusa que a lei que existe no Orçamento de Estado não foi cumprida e que isso “é uma falta de respeito para com os professores”.
[Notícia atualizada às 15h01]
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