A Conferência dos Oceanos da ONU de Lisboa prossegue hoje, ao terceiro dia, com uma marcha pelo clima como ação paralela, a partilha de soluções para a poluição marinha e com o surf como "embaixador" da preservação dos mares.
A cimeira, coorganizada por Portugal e Quénia, termina na sexta-feira e visa impulsionar a ação dos países para a proteção dos oceanos.
O programa do terceiro dia de trabalhos inclui, além das regulares sessões plenárias e de debate, uma iniciativa com a participação do surfista norte-americano Garrett McNamara que visa destacar o papel do surf na salvaguarda dos oceanos.
No evento será apresentado um projeto que pretende incentivar a indústria do surf a utilizar pranchas feitas de materiais "amigos" do ambiente até aos Jogos Olímpicos de 2028.
Em outros eventos serão partilhadas soluções relativas à poluição marinha e à gestão sustentável dos oceanos e soluções para promover a pesca sustentável e reforçar a aplicação de instrumentos internacionais para prevenir, impedir e eliminar a pesca ilegal, não declarada e não regulamentada.
Paralelamente haverá iniciativas que abordarão projetos e ações direcionados para a promoção da literacia sobre oceanos e o papel da filantropia na proteção dos mares.
O programa da conferência inclui sessões sobre acidificação, aquecimento e desoxigenação dos oceanos e a pesca sustentável.
Fora do programa, a Marcha Azul pelo Clima, à qual se associaram organizações nacionais e internacionais, percorrerá parte do Parque das Nações, tendo como destino as imediações do recinto da cimeira.
A Conferência dos Oceanos da ONU de Lisboa junta líderes mundiais, cientistas, dirigentes de organizações não-governamentais, académicos e empresários, além de representações dos Estados-membros da ONU, sob o tema "Aumentar a ação nos oceanos com base na ciência e inovação".
Da conferência, a segunda depois da de Nova Iorque em 2017, são esperados compromissos voluntários sobre o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 14, relativo à proteção da vida marinha.
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