“Implantaremos rapidamente as capacidades necessárias para apoiar a Guiné, que já tem uma grande experiência”, afirmou o professor Alfred George Ki-Zerbo à comunicação social após uma reunião com as autoridades de saúde do país, onde já foram confirmadas três mortes e sete casos de infeção pelo vírus Ébola.
“Há um maior arsenal e devemos aproveitá-lo para conter essa situação o mais rápido possível”, defendeu, acrescentando que a OMS está atenta e em contacto com o fabricante da vacina, para que “as doses sejam disponibilizadas o mais rápido possível”.
O vírus Ébola causa febre repentina, dores de cabeça, vómitos e diarreia e foram desenvolvidas duas vacinas para o combater, mas até agora não há tratamento para a doença.
A OMS expressou hoje a sua preocupação com o provável ressurgimento do Ébola na Guiné-Conacri, país que esteve na origem, no final de 2013, de um surto do vírus na África Ocidental que fez pelo menos 11.300 mortes, o maior da história desta epidemia.
O diretor regional da OMS para a África, Matshidiso Moeti, expressou também hoje preocupação e informou, através da rede social Twitter, que aquele organismo “está a acelerar os esforços de preparação e resposta para o potencial ressurgimento do Ébola na África Ocidental”.
No sábado, o Governo da Guiné-Conacri tornou público que as primeiras análises com amostras de casos suspeitos detetados no sudeste do país deram positivo para o Ébola.
Também na República Democrática do Congo foram confirmados três novos casos de um novo surto de Ébola no nordeste do país.
O vírus Ébola foi identificado pela primeira vez em 1976 no antigo Zaire, atual República Democrática do Congo.
A doença é transmitida pelo contacto direto com o sangue e fluidos corporais de pessoas ou animais infetados e pode atingir uma taxa de mortalidade de 90%.
Em 2013 foi detetada uma vaga na Guiné-Conacri, considerada das mais graves, que se propagou à Libéria, Serra Leoa e a outros dez países, incluindo Espanha e Estados Unidos, causando cerca de 11.300 mortos e 28.600 casos até 2016.
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