Em comunicado divulgado esta segunda-feira, a Ordem dos Enfermeiros entende que o diagnóstico sobre o Serviço Nacional de Saúde “está feito” e que têm sido apresentadas “inúmeras propostas ao Governo e ao poder político”.
A Convenção Nacional de Saúde, constituída por dezenas de entidades, foi criada este ano e promoveu uma conferência que pretendeu estabelecer uma agenda para o setor da saúde na próxima década. As conclusões da Convenção vão ser entregues esta semana ao Presidente da República.
“Neste momento, consideramos a situação do SNS demasiado grave, nomeadamente a greve cirúrgica dos Enfermeiros, para continuarmos em iniciativas que denominamos de “Portugal sentado”. A hora é mais de agir porque a reflexão está feita. Não é altura de continuarmos preocupados em encontrar altos comissários que digam junto do senhor Presidente da República o que estamos todos fartos de repetir”, refere a Ordem dos Enfermeiros, no comunicado hoje divulgado.
A Ordem considera que “a iniciativa de indicar um alto comissário para a convenção, quando já existe um ‘chairman’ e um porta-voz, é continuar a partidarizar uma discussão que tem de ser livre e fora da caixa”.
Segundo o jornal Público de sábado, uma delegação constituída por bastonários da área da saúde, o alto-comissário e o presidente da comissão organizadora da Convenção Nacional da Saúde - Manuel Pizarro e Eurico Castro Alves, respetivamente - vai reunir-se no início desta semana com o Presidente da República.
Assim, a Ordem dos Enfermeiros pediu para ser retirada da iniciativa, não estando presente nem representada na audiência com Marcelo Rebelo de Sousa.
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