“A destruição é generalizada, a perda de vidas e o sofrimento continuam”, disse a diretora-geral da OIM, Amy Pope, num comunicado hoje divulgado.
“Ao longo de tudo isso, a OIM tem sido uma presença constante na Ucrânia e nos países vizinhos, apoiando um grande número de pessoas que fogem para salvar as suas vidas. As necessidades são enormes e é preciso fazer muito mais” pelos ucranianos, afirmou a diretora-geral da OIM.
Mais de 14,6 milhões de pessoas — cerca de 40% da população total da Ucrânia — continuam a necessitar de alguma forma de assistência humanitária neste ano, enquanto 2,2 milhões de refugiados necessitam de assistência nos países vizinhos.
Segundo o comunicado da OIM, durante os dois anos de invasão em grande escala da Rússia na Ucrânia, mais de 14 milhões de pessoas — quase um terço da população da Ucrânia — fugiram das suas casas. Famílias foram separadas, crianças ficaram desalojadas e comunidades destruídas.
Cerca de 3,7 milhões de pessoas continuam deslocadas na Ucrânia, enquanto cerca de 6,5 milhões estão refugiados em outros países. Mais de 4,5 milhões regressaram a casa até ao momento, provenientes do estrangeiro ou de deslocação dentro do país, referiu o organismo das Nações Unidas.
Segundo a nota, trabalhando com parceiros do Governo, da ONU e da sociedade civil, tanto na Ucrânia como nos países vizinhos, a resposta da OIM deu prioridade à proteção das pessoas mais vulneráveis. A OIM está a apoiar os esforços de recuperação na Ucrânia, reconstruindo habitações, sistemas de água e aquecimento, e prestando serviços de saúde.
O apoio dos doadores a esta resposta não tem precedentes e a OIM expressou a sua gratidão por esta contribuição inestimável, referiu o comunicado.
Nos primeiros dois anos de resposta, foram mobilizados 957 milhões de dólares (882 milhões de euros), face ao objetivo de financiamento de 1,5 mil milhões de dólares (1,38 milhões de euros). Contudo, desde que a guerra entrou numa fase prolongada, as necessidades continuam a crescer e a ultrapassar os recursos disponíveis.
“Contamos com um maior apoio de doadores e parceiros locais para enfrentar os desafios que temos pela frente para proporcionar uma vida melhor aos ucranianos”, afirmou Pope.
“A OIM elogia o Governo da Ucrânia e o povo ucraniano pela sua força e resiliência, bem como os vizinhos da Ucrânia que acolhem aqueles que procuram segurança. Continuamos totalmente comprometidos em aliviar o sofrimento humano e ajudar na recuperação”, sublinhou.
De acordo com o comunicado, a OIM continuará o seu papel como parceiro de confiança da União Europeia (UE), dos governos da Ucrânia e dos países que acolhem refugiados para apoiar as pessoas afetadas pela guerra.
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