Um observador norte-americano da missão da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) morreu no domingo na explosão de uma mina na região de Lugansk, no leste da Ucrânia controlado pelos separatistas pró-russos.
Dois outros observadores ficaram feridos quando o carro em que seguiam em patrulha foi atingido por uma mina, por cuja colocação se acusam mutuamente o governo ucraniano e os rebeldes.
“Para a OSCE são tempos complexos (…) É a primeira vítima deste tipo”, disse Zannier na reunião com Serguei Lavrov.
O responsável da OSCE disse que a organização, e concretamente a Missão Especial de Observação para a Ucrânia, quer que sejam esclarecidas as circunstâncias do incidente e que “os responsáveis respondam” pelo crime.
“À luz do recente incidente decidi reduzir ao mínimo a minha presença aqui (em Moscovo)”, disse Zannier no início da reunião com Lavrov.
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, por seu turno, insistiu numa investigação “rápida, imparcial e transparente” com a participação do Grupo de Contacto para a Ucrânia, no qual participam os países garante dos Acordos de Paz de Minsk (Rússia, Ucrânia, Alemanha e França).
Lavrov pediu ainda para que a Rússia e a OSCE tenham uma cooperação alargada.
Embora os Acordos de Paz de Minsk de fevereiro de 2015 tenham acabado com a guerra entre o exército ucraniano e as milícias rebeldes, as escaramuças são constantes, assim como as baixas de ambos os lados.
O conflito no leste da Ucrânia matou mais de 9.800 pessoas desde abril de 2014.
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