A BBC conta a história de Jyoti Yadav, uma das pessoas que conseguiu um emprego como assistente de escritório numa agência bancária recentemente aberta perto da sua aldeia.
Como estava em curso um processo de recrutamento, a mulher não hesitou quando os funcionários do banco lhe pediram que entrasse imediatamente. Afinal, tratava-se do Banco Estatal da Índia (SBI), a maior instituição de crédito do país apoiada pelo Estado e uma das suas marcas mais reconhecidas.
Antes disso, passou por uma entrevista, tinha um contrato, forneceu os seus dados ao empregador e recebeu uma promessa de salário de 30.000 rupias por mês. Tal como ela, outras cinco pessoas começaram a trabalhar.
Mas nem tudo o que parece é. Apenas uma semana depois de ter começado o trabalho, a polícia e os funcionários de uma sucursal vizinha do SBI chegaram ao banco — a cerca de 200 km da capital de Chhattisgarh, Raipur — e disseram que tudo era falso.
Segundo a investigação, foi pedido dinheiro a um grande número de pessoas, sob o pretexto de conseguirem um emprego no banco, que foram enviadas para a falsa agência bancária para "formação". Jyoti Yadav pagou 250 000 rupias — uma soma que teve dificuldade em obter — como suborno pelo emprego.
Após cerca de duas semanas de formação, as pessoas contratadas eram mandadas de volta com a promessa de que seriam nomeadas para uma agência do SBI em breve.
Até agora, a polícia deteve uma pessoa relacionada com o caso e está à procura de outras oito.
Contudo, este não é um caso único: as burlas relacionadas com o emprego não são invulgares na Índia, onde milhões de jovens estão desesperados por encontrar um emprego estável e aceitam pagar subornos para conseguir uma vaga.
Em 2022, mais de duas dúzias de homens que pensavam que iam conseguir emprego nos caminhos-de-ferro indianos foram enganados e obrigados a contar comboios durante dias.
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