A mudança ocorreu imediatamente após a tomada de posse do primeiro-ministro e dos 17 ministros do novo Governo formado por PSD e CDS-PP, na sequência da vitória da Aliança Democrática nas legislativas de 10 de março, e o email da Presidência do Conselho de ministros a informar de uma reunião na quarta-feira já usou a antiga imagem.
Em 02 de dezembro do ano passado, Luís Montenegro tinha-se comprometido a, se fosse primeiro-ministro, deixar de utilizar o novo símbolo institucional do Governo de Costa – que gerou polémica por ter simplificado a imagem, retirando a esfera armilar, as quinas e os castelos.
“É que faz toda a diferença, nós no nosso projeto não fazemos sucumbir as nossas referencias históricas e identitárias a uma ideia de ser mais sofisticados, connosco não há disso. Já chega de política de plástico”, afirmou então Montenegro, numa iniciativa do Conselho Estratégico Nacional.
Durante a campanha eleitoral, o antigo primeiro-ministro Durão Barroso criticou também a alteração do símbolo institucional do Governo, dizendo que os que não se identificam com o brasão de armas nacional “não são verdadeiros portugueses”.
Num comício em Santa Maria da Feira (Aveiro), Durão Barroso disse querer abordar um tema a que considerou não ter sido dado muito relevo pela comunicação social, a alteração da imagem institucional do Governo pelo executivo do PS.
“Diziam eles que o logótipo, as nossas antigas armas, não eram suficientemente inclusivas, que há uma parte das pessoas que não se identificam com elas. Mas se esses portugueses não se identificam com o nosso brasão de armas, então para mim não são verdadeiros portugueses, nós não temos símbolos mais inclusivos do que esses”, defendeu, agradecendo ao presidente do PSD já ter prometido que, se for primeiro-ministro, deixará de usar o novo símbolo.
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