“Tendo presente o facto de as candidaturas dos estudantes moçambicanos terem sido submetidas em tempo oportuno”, os subscritores pedem às autoridades dos dois países que sejam aceites “a título excecional”, lê-se numa petição a que a Lusa teve acesso.

Segundo o documento, depois de contactarem o Instituto de Bolsas de Estudo de Moçambique na última semana, os encarregados de educação concluíram que houve “um lapso no envio” das candidaturas por parte daquela instituição.

A primeira surpresa surgiu ainda em agosto: ao entregarem tudo ‘online’ através de uma plataforma, os pais recebiam o respetivo comprovativo, mas já após o início do processo o instituto pediu documentos em papel e forneceu novos boletins de candidatura, o que causou “perplexidade”.

Ainda assim, foi entendido que seria uma forma de “acelerar o processo” para acautelar prazos, lê-se na petição.

Só na última semana, depois de alguns estudantes receberem informações contraditórias sobre o ponto de situação dos seus processos, na embaixada de Moçambique em Lisboa e no Instituto de Bolsas, em Maputo, é que os pais conheceram a extensão do problema, explicam.

O prazo para entrega das candidaturas junto da Direção Geral de Ensino Superior (DGES) portuguesa terminou a 18 de agosto.

A petição que pede a aceitação das candidaturas a título excecional foi hoje entregue junto de diversas entidades em Moçambique e Portugal.

Alguns alunos e encarregados de educação já estavam em Portugal a tratar de alojamento e de outras condições logísticas quando foram apanhados de surpresa, acrescenta-se no documento.

A petição fala do risco de um “futuro adiado” para os candidatos e refere que há famílias que já fizeram “avultados investimentos no âmbito deste processo, nomeadamente com vistos, acomodação e outros”.

A Lusa tentou contactar o Instituto de Bolsas de Estudo de Moçambique, mas sem sucesso.