O encontro acontecerá na sexta-feira, dia 4, às 11h30, e contará com a participação de quase dezena e meia de líderes. Decorrerá na nunciatura apostólica (embaixada) do Vaticano em Lisboa, e dará visibilidade pública a uma dimensão que o Papa tem promovido em praticamente todas as suas viagens: a unidade dos cristãos e o diálogo inter-religioso.
Contactado pelo 7MARGENS para confirmar o encontro, o padre Peter Stilwell comentou que houve satisfação por parte das confissões. “Alguns tinham pena que o encontro do Papa com as outras confissões religiosas se limitasse à presença de alguns dos seus líderes nos grandes evento públicos do programa”. Com efeito, haverá dirigentes de confissões religiosas no encontro de Francisco no Centro Cultural de Belém com as autoridades, corpo diplomático e representantes da sociedade civil, no dia 2 de Agosto, duas horas depois da chegada do Papa a Portugal. Haverá também pessoas de outras religiões em diferentes momentos do programa oficial, e a colaborar como voluntários ao longo da Jornada.
O Papa manterá ainda outras audiências e encontros privados ao longo dos cinco dias de permanência em Lisboa. Entre eles, por exemplo, o encontro com vítimas de abusos sexuais – cuja data e local não foram divulgados, para proteger a identidade das vítimas.
O encontro com os líderes religiosos realiza-se numa manhã preenchida: o Papa começa por ir, às 9h, e durante uns 30 minutos, ouvir algumas confissões na “Cidade da Alegria” (Jardim Vasco da Gama, em Belém), onde estão instalados os 150 confessionários construídos por reclusos e cujo desenho o 7MARGENS revelara há meses.
Às 9h45, Francisco estará no Bairro da Serafina para visitar a obra social da paróquia e reunir-se com responsáveis de vários centros sociais. Sairá dali para o encontro com os líderes das outras confissões, após o que receberá um grupo de jovens para almoçar.
Nessa mesma tarde, às 18h, o Papa preside à Via-Sacra com os participantes da JMJ na Colina do Encontro (Parque Eduardo VII).
Ao longo da semana da Jornada haverá vários momentos que assinalam o encontro de religiões e culturas.
No auditório da Faculdade de Medicina Dentária, no dia 1 de agosto pelas 14h, decorre o Canto pela Paz, um festival de música e canção com grupos de várias proveniências religiosas.
A Reitoria da Universidade de Lisboa promove, logo a seguir à oração de vésperas com o Papa nos Jerónimos, no dia 2 de agosto, a plantação de seis árvores no Jardim Botânico Tropical associadas a seis grandes famílias religiosas (Taoísmo, Hinduísmo, Budismo, Judaísmo, Cristianismo e Islão). Assinalam o desafio lançado pelo Papa Francisco a um convívio pacífico entre as religiões, e a sua presença em Lisboa por ocasião da JMJ 2023.
Os escuteiros que em termos mundiais se enquadram hoje em diversos contextos religiosos e culturais, promovem nessa mesma noite uma sessão de diálogo inter-religioso no Centro Ismaili.
No dia 3 de agosto, pouco depois de concluído o Acolhimento do Papa no Parque Eduardo VII, a Comunidade de Taizé e a Comunidade “Chemin Neuf” organizam um tempo forte de “Oração pela Unidade e pela Paz”, na Igreja de São Domingos (ao Rossio). A comunidade de Taizé, composta por irmãos de diferentes confissões cristãs – católicos, protestantes, anglicanos, por exemplo – manterá na mesma igreja um tempo de oração na terça, quarta e quinta, às 14h, 16h e 18h.
Comentários