"Mais de 450 passageiros estão a ser mantidos reféns por homens armados", disse Muhammad Kashif, um funcionário ferroviário, à AFP. O ataque aconteceu na província de Baluchistão, no sudoeste do Paquistão, disseram as autoridades.

A polícia confirmou o ataque, que foi organizado pelo Exército de Libertação do Baluchistão (BLA), o principal grupo separatista da região.

Segundo a BBC, uma declaração do grupo disse que tinha bombardeado a via férrea antes de invadir o comboio no remoto distrito de Sibi. O grupo afirmou que o comboio estava sob seu controlo.

A polícia paquistanesa informou os repórteres locais que tinham recebido informações de que três pessoas, incluindo o condutor do comboio, tinham sido feridas no ataque. Acrescentou ainda que forças de segurança foram enviadas para o local e descreveram relatos de "tiros intensos" contra o comboio.

Um polícia da cidade de Sibi, na região, que pediu para não ser identificado porque não está autorizado a falar com a imprensa, disse que "o comboio permanece parado pouco antes de um túnel cercado por montanhas". O comboio Jaffar Express viajava de Quetta para Rawalpindi.

O BLA afirma que está a prender vários passageiros, incluindo agentes de segurança, como reféns, e avisou sobre "consequências severas" caso seja feita uma tentativa de resgate.  No entanto, a polícia local ainda não confirmou a existência de reféns.

Esta região montanhosa facilita a presença de milicianos, segundo a polícia. E, por isso, os hospitais da área estão alerta.

Entretanto, o ministro do Interior do país, Mohsin Nawaz, condenou o ataque e disse que rezava pela rápida recuperação dos feridos.

*Com AFP