PSD e PCP apresentaram projetos de resolução a recomendar ao Governo que tome providências para o rápido desenvolvimento das novas instalações hospitalares, trocando acusações sobre as responsabilidades no atraso do início da construção, entre o atual Governo e os anteriores, nomeadamente o liderado por Passos Coelho (PSD/CDS-PP).
“São falsas as acusações do PSD de que o Governo tem falta de vontade, como são falsas a de recorrer a expedientes para adiar o que já devia ter sido feito. Por mais que PSD queira ocultar realidade, que o Governo nada fez e bloqueia, a verdade é esta: em janeiro de 2019, o Hospital de São João deverá estar em condições de lançar a obra”, disse Fernando Jesus.
Antes, o social-democrata Luís Vales afirmou que não era chamado a debate “se foi culpa de ‘A’ ou de ‘B'” e que “o mais importante é resolver o problema efetivo das pessoas”, pois as crianças “esperam há já uma década por instalações onde possam ser tratadas com um mínimo de decência”.
“É certo que o Governo prometeu, em abril passado, que a construção da nova ala pediátrica do hospital de São João avançaria ainda esse mês. Já lá vai meio ano”, recordou, lembrando o memorando assinado pela então presidente da Administração Central do Sistema de Saúde e agora ministra da Saúde, Marta Temido.
O comunista Jorge Machado tinha classificado o processo como “atribulado” e com “responsáveis”, uma vez que, se o atual executivo socialista não atuou atempadamente, “PSD e CDS têm “pesadas responsabilidades no atraso e nunca resolveram o problema”.
“Sem qualquer pingo de vergonha, o PSD apresenta agora um projeto de resolução. Para lavar a face e ficar bem na fotografia, vale tudo e um par de botas para enganar estas crianças e pais”, lamentou.
A democrata-cristã Cecília Meireles condenou o facto de, neste momento, o atendimento pediátrico funcionar em contentores e disse ser preferível concentrar atenções nesse problema em vez de no “passar-culpas”.
“Se todos achamos que as obras se devem iniciar, que as condições são inaceitáveis e o hospital tem dinheiro por que estamos a discutir projetos?”, questionou.
O bloquista Moisés Ferreira já tinha concordado que “a construção da ala é uma necessidade absoluta e urgente, pelo menos identificada há dez anos”, condenando o facto de o anterior primeiro-ministro se ter deslocado ao local, “duas vezes para lançar duas primeiras pedras, sem lá pôr um único cêntimo”.
“Enganou todo o país, principalmente os utentes do hospital de São João”, afirmou, sem esquecer o “arrastamento” do assunto por parte do atual Governo PS.
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