Ao lado da candidata do PSD à Câmara Municipal de Lisboa, Teresa Leal Coelho, o presidente social-democrata visitou a Associação Portuguesa das Famílias Numerosas e passeou pelos jardins de Belém, bem perto de uma manifestação de enfermeiros, com a qual a comitiva fez questão de não se cruzar.
Antes, aliás, questionado sobre o protesto e a nova greve dos enfermeiros, Passos escusou-se a responder, dizendo que hoje queria concentrar-se nas questões de Lisboa.
"A eleição de Lisboa é capaz de surpreender muita gente, há gente que tem dito coisas cheias de certezas, e eu não tenho certezas como essas que o dr. Medina já tem a eleição ganha e isto é um passeio", alertou.
Pelo contrário, defendeu, "vale a pena fazer diferente e não esperar pelos próximos quatro anos".
Questionado sobre a possibilidade de o PSD poder fazer uma coligação pós-eleitoral em Lisboa com o CDS, Passos sublinhou que os dois partidos "nunca tiveram dificuldade" em encontrar convergências.
No final da iniciativa de campanha, a primeira em que Passos e Teresa Leal Coelho se encontram depois do lançamento oficial da candidatura, houve tempo para uma pausa nos pastéis de Belém, onde o líder do PSD ainda haveria de se cruzar e cumprimentar alguns enfermeiros que faziam horas para o protesto com início em frente à Presidência da República.
Com Marcelo Rebelo de Sousa ausente em Malta, Passos foi questionado se convidaria o inquilino de Belém para um pastel.
"Não seria necessário, se bem me recordo também gosta muito de pasteis, mas tinha muito gosto em comer um pastel de Belém com ele", respondeu, rejeitando a ideia de que entre os dois haja qualquer tipo de relação amarga, embora admitindo que não se pode qualificar como "uma doce relação".
Durante o passeio por Belém, Passos recordou que vem agora menos a esta zona - como primeiro-ministro tinha a reunião semanal com o chefe de Estado às quintas-feiras - mas disse esperar ainda voltar no futuro a ter razões para essa visita semanal a Belém.
Como adversários nestas eleições autárquicas, marcadas para 01 de outubro, Teresa Leal Coelho terá como adversários Fernando Medina (PS), Assunção Cristas (CDS-PP), João Ferreira (CDU), Ricardo Robles (BE), Inês Sousa Real (PAN), Joana Amaral Dias (Nós, Cidadãos!), Carlos Teixeira (independente apoiado pelo PDR e JPP), António Arruda (PURP), José Pinto-Coelho (PNR), Amândio Madaleno (PTP) e Luís Júdice (PCTP-MRPP).
Teresa Leal Coelho contra "expulsão" dos lisboetas da capital
A candidata do PSD, Teresa Leal Coelho, acusou hoje a Câmara de Lisboa de "não ter tido políticas públicas de habitação" e fez campanha para que os lisboetas "não sejam expulsos" da capital.
Com o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, a seu lado, Teresa Leal Coelho reforçou algumas das propostas que tem defendido, como mais creches nos bairros com crianças e uma aposta em equipamentos de proximidade, como os centros de saúde.
"Há não muitos dias, Fernando Medina anunciou um investimento de 30 milhões de euros nos centros de saúde, no mesmo dia José Sá Fernandes anunciou um investimento de 30 milhões para jardins. A saúde e os jardins para este executivo camarário valem o mesmo, é isto que temos de mudar", defendeu.
A candidata perguntou a vários onde moravam e, em vários casos, concluiu que "tinham sido expulsos de Lisboa" pelos altos preços das casas e ausência de equipamentos.
"A Câmara Municipal de Lisboa não tem tido políticas públicas para a questão da habitação", acusou.
Sobre o apoio hoje de Passos Coelho na campanha - e também da histórica militante do partido Virgínia Estorninho - , a candidata considerou que ele se verifica "desde o primeiro dia".
"Estou confiante que temos uma grande candidata, os lisboetas podem ter oportunidade de fazer uma escolha verdadeira e não uma falsa escolha", secundou Pedro Passos Coelho.
(Notícia atualizada às 13h05)
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