A notícia é avançada esta segunda-feira pelo Jornal de Notícias (JN), que contactou a associação que representa as empresas do setor.
Segundo aquela fonte, a matéria-prima que podia servir as indústrias de transformação nacionais acabou por sair para a China, um mercado menos exigente em termos de provas de vida e de qualidade do pinho.
O jornal adianta de que já no rescaldo dos incêndios em outubro de 2017 — altura em que era urgente cortar os pinheiros ardidos para que fosse aproveitada a sua qualidade — os madeireiros reuniram com negociantes estrangeiros, averiguando a possibilidade de vender a madeira queimada para o mercado internacional
Explica ainda o JN que foram criados 33 parques de madeira queimada para receber um milhão de toneladas. Porém, estes apenas registaram 158.318 toneladas, com direito a apoio estatal, segundo dados do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) — que diz desconhecer o destino final da madeira.
A Mata Nacional de Leiria, também conhecida por Pinhal de Leiria e Pinhal do Rei, é propriedade do Estado. Tem 11.062 hectares e ocupa dois terços do concelho da Marinha Grande. A principal espécie é o pinheiro bravo.
No incêndio de 15 de outubro de 2017 arderam 9.480 hectares de área, equivalente a 54% do território do concelho e 86% da Mata Nacional de Leiria.
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