A Polícia Metropolitana de Londres anunciou ter hoje referido o caso voluntariamente à Agência Independente para a Conduta Policial (IOPC).
“Registámos este incidente como uma queixa pública. A decisão de se referir à IOPC foi tomada devido ao registo a uma queixa ter sido apresentada e ao significativo interesse público nesse assunto, e agradecemos o exame independente dos factos”, referiu em comunicado.
O atleta, dos 400 metros, preparava-se para ir para casa, quando, devido ao trânsito e a cinco minutos do local, resolveu mudar o trajeto, com a mulher e o filho bebé no carro, num percurso que acabou em ‘perseguição’ pela polícia.
No momento em que parou o carro à porta de casa, Ricardo dos Santos e Bianca Williams foram obrigados a sair, num incidente em que o atleta português acusa a polícia de ter tirado os bastões e de o acusar de cheirar a canábis, antes de o algemar.
Segundo Bianca Williams, especialista dos 200 metros, Ricardo dos Santos já foi parado cerca de 15 vezes desde que adquiriu um carro de marca Mercedes.
“É sempre a mesma coisa com o Ricardo. Eles pensam que ele está a conduzir um carro roubado, ou que esteve a fumar canábis. É discriminação racial. A forma como falaram com o Ricardo, como se ele fosse ralé, tivesse feito alguma coisa mal, foi chocante”, disse ao jornal Sunday Times.
Ricardo dos Santos, que vive e treina em Londres, deverá regressar a Portugal no início de agosto para preparar e competir no nacional de atletismo de clubes.
A polícia disse que duas análises dos vídeos filmados pela polícia e por Williams concluíram que não houve conduta imprópria por parte dos agentes.
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