Investigadores russos chegaram esta manhã à capital turca e dirigiram-se à galeria de arte onde o embaixador Andrei Karlov, 62 anos, foi morto a tiro na tarde de segunda-feira numa galeria de arte por Mevlut Mert Altintas. O homem de 22 anos, membro do corpo da polícia de intervenção de Ancara, emitiu palavras de ordem sobre a situação na cidade síria de Alepo durante a após ter desferido os disparos. “Não esqueçam Alepo”, “Não esqueçam a Síria”, gritou.
Um responsável governamental, que se pronunciou sob anonimato, descreveu o ataque como “totalmente profissional, e não uma ação de um homem isolado” e considerou que foi bem planeado.
As autoridades turcas não divulgaram publicamente qualquer informação sobre a investigação ou sobre o possível motivo do polícia, que foi “neutralizado”.
A Turquia e a Rússia que têm apoiado lados antagónicos na guerra da Síria, manifestaram a intenção de que este assassinato não comprometa os esforços de reaproximação entre os dois países.
Neste contexto, Moscovo anunciou hoje que a Rússia, Irão e Turquia estão dispostos a servir de garantes num acordo entre o Governo sírio e a oposição.
O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, emitiu a declaração após um encontro dos três chefes da diplomacia em Moscovo, um dia após o ataque na galeria de arte em Ancara.
Lavrov precisou que os três ministros assinaram uma declaração conjunta onde se refere que Rússia, Irão e Turquia “exprimem a vontade em ajudar o governo sírio e a oposição na elaboração de um acordo e atuarem como seus garantes”.
O assassinato de Karlov surgiu após dias de protesto pelos turcos pelo apoio de Moscovo ao Presidente sírio Bashar al-Assad e o envolvimento da Rússia no bombardeamento e destruição da zona rebelde de Alepo.
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