“Alguns MiG já foram enviados. São, de facto, úteis para a Ucrânia defender a segurança de todos nós”, disse Marcin Przydacz à rádio privada RMF24, citado pela agência francesa AFP.
Sem precisar quantos aviões foram entregues à Ucrânia, Przydacz afirmou que “a primeira parte do processo de transferência foi concluída”, segundo a agência espanhola EFE.
O ex-vice-ministro dos Negócios Estrangeiros polaco disse que a Ucrânia vai pedir mais apoio aos seus aliados durante a visita oficial do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a Varsóvia na quarta-feira.
Przydacz saudou a formação de uma coligação na Europa Ocidental para coordenar e fornecer equipamento militar à Ucrânia, e insistiu na necessidade de apressar as entregas.
“Este equipamento deve ser entregue em quantidades muito maiores e muito mais rapidamente, para que a Ucrânia possa repelir a Rússia”, acrescentou, citado pela agência espanhola Europa Press.
A Polónia e a Eslováquia comprometeram-se a enviar pelo menos 30 caças de fabrico soviético, que os militares ucranianos consideram ser pouco eficazes por serem antigos.
“Precisamos de aviões polivalentes modernos”, disse recentemente o porta-voz da força aérea ucraniana, Yuri Ignat.
Kiev tem pedido repetidamente aos seus aliados ocidentais o envio de caças-bombardeiros modernos, na esperança de obter os F-16 norte-americanos.
O Presidente polaco, Andrzej Duda, anunciou, em meados de março, que a entrega de quatro MiG-29 ocorreria em breve.
Duda disse, então, que a Polónia tinha cerca de 15 MiG herdados da antiga República Democrática Alemã.
A Polónia foi o primeiro membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês) a anunciar o envio de aviões para Kiev, face à recusa dos Estados Unidos de autorizar a entrega de F-16.
A Eslováquia também já anunciou a entrega dos primeiros quatro MiG-29, dos 13 que prometeu a Kiev.
A Ucrânia recusou-se recentemente a confirmar à AFP o número dos seus MiG-29 em serviço, mas, de acordo com o relatório Flight Global World Air Forces 2023, publicado no final do ano passado, estava a operar 43 aeronaves.
Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido equipamento militar às forças ucranianas para ajudar a combater a invasão russa, lançada em 24 de fevereiro de 2022.
Além do armamento, os aliados de Kiev têm adotado sucessivos pacotes de sanções contra os interesses russos, para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
A invasão russa da Ucrânia desencadeou uma guerra que mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A ONU confirmou a morte de mais de 8.400 civis desde o início da guerra até 26 de março, bem como de 14 mil feridos entre a população civil.
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