“Foi conseguido o financiamento integral da ponte”, congratulou-se esta tarde Pedro Santana Lopes, numa intervenção na reunião extraordinária da Assembleia Municipal, marcada para prestar vários esclarecimentos sobre diversos assuntos, solicitada pelo movimento Figueira a Primeira e PSD.
O autarca explicou que a obra inclui a construção dos acessos à futura travessia e vai ser financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), no âmbito da sua reprogramação, e Fundo Ambiental, que já tinha disponibilizado dois milhões de euros.
A ponte, que esteve para não avançar por falta de condições financeiras do município, vai ser construída a leste da Figueira da Foz, entre as freguesias de Vila Verde, na margem direita, e Alqueidão, na margem esquerda do rio Mondego.
Salientando que a negociação “não foi fácil”, o presidente da autarquia disse que a decisão foi confirmada pelo ministro da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, faltando apenas a confirmação da Comissão Europeia.
“É uma enormíssima notícia de uma infraestrutura que vai ter um reflexo muito importante na vida de tantas pessoas do concelho”, sublinhou Santana Lopes, destacando que o financiamento integral “é a libertação de uma grande preocupação” do executivo municipal.
No entanto, Santana Lopes mantém as preocupações com os prazos de execução.
A obra está a concurso pela quinta vez, com o preço base de 7,45 milhões de euros e um prazo de execução de 18 meses, estando a abertura de propostas agendada para o dia 16 de janeiro.
Na Assembleia Municipal extraordinária de hoje, o presidente da autarquia figueirense anunciou ainda que o Tribunal de Contas dispensou de visto da empreitada de melhoria das acessibilidades marítimas e das infraestruturas do porto comercial marítimo da Figueira da Foz, cujo investimento supera os 20 milhões de euros.
O aprofundamento do canal de navegação vai permitir a entrada de navios até 140 metros de comprimento e oito metros de calado, quando atualmente só permite a acostagem de navios com 120 metros de comprimento e 6,5 metros de calado.
“O processo está todo preparado e pode-se passar à consignação o mais rapidamente possível”, adiantou Santana Lopes.
O autarca revelou ainda que foi publicado em Diário da República o concurso para a alimentação artificial de areia entre as praias da Cova-Gala e Costa de Lavos (big shot), num investimento de 27,7 milhões de euros, que se deve iniciar em 2025 e prolongar até 2027.
A obra em questão passa por efetuar a dragagem de sedimentos numa zona a norte do molhe Norte do porto da Figueira da Foz e depositá-los nas praias a sul, gravemente afetadas por fenómenos de erosão.
O presidente da Câmara da Figueira da Foz disse também que o Centro de Investigação das Alterações Climáticas da Figueira da Foz, previsto para abrir portas em fevereiro, no antigo Abrigo de Montanha, na Serra da Boa Viagem, vai ser financiado a 80%.
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