Donald Trump, que realizou ontem, 3 de outubro, uma visita de cerca de cinco horas a Porto Rico para constatar os danos provocados pelo furacão Maria e testemunhar a evolução dos trabalhos de recuperação, fez uma comparação com o furacão Katrina que atingiu, em 2005, a região de Nova Orleães, no Estado do Louisiana, e que fez mais de 1.800 mortos.
Em Porto Rico, o furacão Maria fez 16 vítimas mortais.
“Cada morte é um horror, mas se olharmos para uma verdadeira catástrofe como o Katrina, com centenas, centenas de pessoas mortas, e o que aconteceu aqui. (…) Ninguém viu algo assim. Qual é o vosso balanço”, questionou o Presidente antes de prosseguir: “Dezasseis contra milhares”. Assim, o presidente norte-americano minimizou a situação, o que não foi bem recebido.
Após cerca de duas semanas da passagem do furacão Maria de categoria 4 (numa escala em que a categoria 5 é o nível máximo), a ilha de Porto Rico, nas Caraíbas, continua a enfrentar graves dificuldades: uma grande parte da população ainda vive sem eletricidade, sem acesso a água potável ou combustível e muitas pessoas que perderam as respetivas casas ainda não têm um local para viver.
No fim da sua viagem, Trump distribuiu mantimentos às pessoas que foram afetadas pela catástrofe. Contudo, a forma como o fez foi criticada: o presidente norte-americano atirou rolos de papel pelo ar, como se lançasse uma bola de basquetebol, escreve o El País.
"Há muito amor nesta sala", disse Trump enquanto fazia a distribuição, cita a CNN. "Ótimas pessoas", acrescentou.
Trump começou por levantar no ar os mantimentos que distribuía para que todos vissem, até que pegou nos rolos de papel, que lançou pela sala.
A visita de Trump antevia-se controversa, uma vez que a administração norte-americana tem recebido duras críticas por causa da sua reação aos danos provocados pela recente intempérie.
As agências internacionais relataram também que, à passagem da caravana presidencial, algumas pessoas entoaram frases contra Trump e exibiram cartazes em que se podiam ler frases como “As alterações climáticas são reais”.
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