Segundo a página da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) na Bloomberg, a cinco anos foram colocados 724 milhões de euros em Obrigações do Tesouro (OT) à taxa de juro de 0,529%, inferior à taxa do anterior leilão comparável, de 0,577%, em 14 de fevereiro.
A procura atingiu 2.019 milhões de euros para as OT a cinco anos, 2,79 vezes superior ao montante colocado.
No prazo mais longo, a dez anos, Portugal colocou hoje 483 milhões de euros à taxa de juro média de 1,670%, inferior à verificada no anterior leilão comparável de 14 de março (1,778%).
Neste prazo, a procura atingiu hoje 1.102 milhões de euros, 2,28 vezes o montante colocado.
A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) tinha anunciado para hoje a realização de dois leilões de OT com maturidades em 25 de outubro de 2023 (cinco anos) e 17 de outubro de 2028 (dez anos), com um montante indicativo global entre 1.000 e 1.250 milhões de euros.
No anterior leilão de OT a dez anos, em 14 de março, Portugal colocou 975 milhões de euros à taxa de juro de 1,778%, inferior à taxa do anterior leilão comparável, de 2,046%, em 14 de fevereiro.
Em relação ao mais recente leilão de OT a cinco anos, este realizou-se em 14 de fevereiro, quando foram colocados 490 milhões de euros à taxa de juro média de 0,577%, inferior à verificada no anterior leilão comparável de 11 de outubro de 2017 (0,916%).
Para Filipe Silva, diretor da gestão de ativos do Banco Carregosa, as duas emissões "correram melhor do que o esperado, quer em termos de taxa, quer quanto à procura".
"As taxas foram mais baixas do que estávamos à espera: não só foram mais baixas do que as dos últimos leilões comparáveis como foram até inferiores àquilo que o mercado secundário está a fazer", adiantou, sublinhando que a procura também subiu.
"O país conseguir financiar-se a longo prazo com as taxas mais baixas de sempre é o melhor que se pode esperar", concluiu Filipe Silva.
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