“Se você perguntar: ‘Quem é que a administração apoia?’ Parece que é Geraldo Alckmin, não é? A base política do governo (Temer), incluindo o seu partido, está com ele”, disse o Presidente brasileiro em entrevista ao jornal Folha de São Paulo.
O MDB aprovou o nome do antigo ministro das Finanças Henrique Meirelles como candidato, mas Temer disse que não irá fazer campanha por nenhum candidato mas preferiu elogiar o candidato do maior partido da oposição, à direita do governo.
Uma eventual vitória de Alckmin nas eleições de outubro significa, para Temer, a continuação da atual administração, com outra liderança.
“Isso pode ser verdade. Primeiro, por aquilo que eu o ouvi dizer. Segundo, porque aqueles que nos ajudaram a fazer reformas estarão no Gabinete se ele vencer”, afirmou.
Muitos dos partidos que apoiam Temer no Congresso aderiram à candidatura de Alckmin para a eleição.
Uma pesquisa da Datafolha, em junho, revelou que 82% dos brasileiros acreditavam que o seu Presidente estava a fazer um mau trabalho, o número mais alto desde que o instituto começou a fazer a pergunta em 1989.
“Vou ser cauteloso em não fazer campanha por nenhum dos dois (Alckmin ou Meirelles)”, acrescentou Temer, que assumiu o cargo em 2016, depois do ‘impeachment’ de Dilma Rousseff.
Até ao momento, ambos os candidatos também estão muito atrás nas sondagens. Na liderança vai o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, provavelmente, será impedido de concorrer.
Também na quinta-feira, outro proeminente candidato presidencial entrou com um pedido para o principal tribunal eleitoral do Brasil para proibir a candidatura de Lula.
Jair Bolsonaro, que está em segundo nas intenções de voto, tomou essa decisão depois de o Partido dos Trabalhadores ter registado o ex-presidente brasileiro como candidato às eleições, na quarta-feira.
A procuradora-geral do Brasil, Raquel Dogde, fez o mesmo pedido, horas depois do registo oficial de Lula da Silva no Tribunal.
Começou hoje o período de campanha para todos os 13 candidatos presidenciais.
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