“Será do interesse da Caixa lutar para que França possa fazer parte das nossas operações”, disse hoje Paulo Macedo, na comissão parlamentar de orçamento e finanças, quando questionado pelo Bloco de Esquerda sobre a intenção que chegou a ser noticiada de o banco sair de França, onde há uma importante comunidade de portugueses e lusodescendentes.
A intenção de a CGD sair de França foi noticiada em maio do ano passado, tendo então fonte oficial do banco público dito apenas que naquele momento não estava “em curso, em França, um processo de redimensionamento de balcões ou um processo de venda da operação”.
Ainda na audição de hoje, Macedo afirmou que o plano estratégico definido para a CGD no âmbito da recapitalização prevê manter a liderança em Portugal e a redução de algumas operações no exterior.
Além disso, acrescentou, “o tamanho e a atividade e da Caixa dependem do seu capital”, considerando que operações no estrangeiro consomem capital.
“Se quiser ter mais operações no estrangeiro tenho de ter mais capital”, afirmou.
Segundo o ‘site’ da CGD, a sucursal de França tem uma rede de 48 agências e uma agência central de empresas.
A sucursal de França contribuiu, em 2017, com 49,6 milhões de euros para o resultado líquido corrente da CGD.
Além de em França, o banco público tem, no exterior, o BNU Macau, a CGD Investimentos CVC (Brasil) e o BCG Espanha.
Em 2017, a CGD encerrou sucursais de Londres, ilhas Cayman, Macau Offshore e Zhuhai (na China), segundo informação do banco.
A Caixa Geral de Depósitos regressou aos lucros em 2017, com 51,9 milhões de euros positivos, depois de vários anos de prejuízos.
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