A Comissão Eleitoral Central disse que 90,9% dos eleitores votaram em Rakhmon, no poder desde 1992, que garantiu um novo mandato de sete anos à frente da antiga república soviética da Ásia Central, onde adversários políticos são excluídos.
Os dados oficiais apontam para uma taxa de participação de 85%.
Esta vitória deverá permitir a Emomali Rakhmon passar a marca de 30 anos no poder e tornar-se no líder no cargo há mais tempo na ex-URSS, quebrando o recorde do ex-Presidente cazaque Nursultan Nazarbayev.
Quatro candidatos amplamente considerados de ‘fantoches’ do Presidente candidataram-se contra Rakhmon.
O único partido considerado de oposição no país, o Partido Social-democrata, boicotou a votação.
O Tajiquistão é o país mais pobre da Ásia Central e da ex-URSS e tem oficialmente mais de nove milhões de habitantes.
Centenas de milhares de tajiques, no entanto, trabalham na Rússia ou no Cazaquistão, especialmente na construção, para poderem enviar dinheiro para as famílias.
Nenhuma eleição foi reconhecida como justa pelos observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), nomeadamente as eleições legislativas da primavera passada.
O país, que faz fronteira com o Afeganistão, viveu uma guerra civil entre a potência pró-comunista e os rebeldes muçulmanos fundamentalistas que causou mais de 100 mil mortos entre 1992 e 1997.
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