“Fazer resistência face às novas tecnologias e aos desenvolvimentos modernos é uma abordagem desatualizada”, declarou Rohani num discurso transmitido pela televisão estatal.
“Vemos certas pessoas oporem-se ainda a estes novos fenómenos, nomeadamente ao nível da comunicação e informação”, lamentou.
Nos últimos anos, o Irão bloqueou o acesso a numerosas redes sociais como o Facebook ou o Twitter, assim como à plataforma de partilha de vídeos YouTube.
Em maio, a justiça bloqueou igualmente a aplicação de mensagens Telegram, que era muito popular no Irão, com 40 milhões de utilizadores, ou seja, cerca de metade dos habitantes do país. Rohani criticou esta decisão.
Segundo o Presidente do Irão, proibir aquelas redes sociais é criar um “fruto proibido” que os iranianos ainda vão querer mais.
“Filtrar não é a solução. Devemos aumentar o nível de conhecimento da sociedade sobre o digital para que as pessoas possam utilizar esta ferramenta sem serem afetadas negativamente”, considerou.
“Não temos ‘media’ livres no Irão, apenas a rádio e a televisão do Estado, então as pessoas querem todas dizer alguma coisa no espaço digital porque não têm outros ‘media'”, explicou.
No início de janeiro, os ‘media’ iranianos indicaram que a autoridade judicial analisava a possibilidade de bloquear também a plataforma Instagram, a última ainda acessível livremente.
Apesar da proibição oficial, numerosos iranianos, incluindo responsáveis como o ministro dos Negócios Estrangeiros, Mohammad Javad Zarif, continuam a utilizar serviços como o Twitter, acessível através de servidores VPN (rede privada virtual).
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