“Após rondas muito intensas de discussões entre os aliados, estamos agora no ponto em que mais de 20 aliados da NATO estão preparados para apoiar o primeiro-ministro Rutte como o próximo secretário-geral”, disse um funcionário da NATO sob anonimato.
O governante, que se prepara para abandonar a chefia do Governo dos Países Baixos, assumiu em novembro o desejo de suceder ao norueguês Jens Stoltenberg na liderança da Aliança Atlântica.
Segundo as regras da NATO, o secretário-geral tem de ser decidido por consenso, o que significa que Rutte ainda tem de angariar o apoio dos restantes países.
Um dos responsáveis consultados pelo Politico, ‘media’ internacional especializado em assuntos políticos, disse que as discussões “não são definitivas”, mas acrescentou: “Há uma dinâmica crescente por trás da sua candidatura”.
O próximo líder da NATO será escolhido em julho, na cimeira da Aliança Atlântica a decorrer em Washington, a última sob a liderança de Stoltenberg, que está à frente da organização desde 2014 e cujo mandato foi renovado após a invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022.
A embaixadora dos Estados Unidos junto da NATO, Julianne Smith, disse na semana passada que os aliados deveriam ter como objetivo “concluir o processo de seleção provavelmente no primeiro trimestre deste ano”.
Outro alto funcionário da NATO confirmou ao Politico que vários países não endereçaram até agora o apoio a Rutte, dizendo que cerca de uma dezena ainda se recusam a votar nele.
A Turquia, por exemplo, conserva resistências ao nome do governante dos Países Baixos, exigindo que não favoreça os países da União Europeia (UE) na aliança, segundo a agência Bloomberg, enquanto a Hungria mantém divergências de longa data com Rutte devido às suas críticas ao retrocesso democrático do país.
O Politico refere que não está claro se os países bálticos apoiam Rutte, dada a sua insistência no apoio à adesão da Ucrânia à NATO, e que nomes que mostraram interesse na liderança da organização, como a primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, ou o ministro dos Negócios Estrangeiros da Letónia, Krisjanis Karins, não chegaram a declarar as suas candidaturas.
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